Questões sobre ceticismo

A alternativa correta é a C, porque os céticos antigos defendiam que devemos suspender o juízo, ou seja, nem afirmar, nem negar algo. Tome como exemplo a afirmação “Deus existe”. Um cético não afirmaria “Deus existe” nem tampouco “Deus não existe”. Adotaria uma posição intermediária, dizendo que não é possível saber se deus existe ou não e que, nessa situação, o correto é não acreditar em nenhuma das opções, ou seja, suspender o juízo. Os céticos afirmavam que não podemos conhecer nada e, por isso, devemos suspender o juízo sobre todas as coisas, não apenas sobre aquilo que não pode ser observado.

Dessa lista, o único filósofo cético é Pirro de Élida, que é considerado o fundador do ceticismo. Descartes cria e divulga alguns pensamentos céticos no início da filosofia moderna, porém não era cético. Descartes acreditava que podemos conhecer a realidade através da razão. Toda a filosofia de Descartes tem como objetivo mostrar que podemos conhecer a realidade, justamente o contrário do que pensa o ceticismo.

A alternativa correta é a A, porque o ceticismo propunha alcançar a tranquilidade através da epoché, palavra grega que significa suspender o juízo. Para o cético, as crenças levam à preocupação, medo, ansiedade e uma série de sentimentos. Se você acredita que Deus existe e pune os pecados, terá medo da morte ou de fazer algo errado. Se acredita que no meio da tempestade o barco irá virar e que a morte é pior que a vida, irá ter medo. O remédio para todos esses problemas é um só: suspender o julgamento. Se digo: não sei qual o melhor, se a vida ou a morte, e vou viver sem acreditar em um ou outro, não tenho razões para temer a morte. Afinal, pode ser que ela seja melhor que a vida.

A única alternativa compatível com o ceticismo é a ideia que não é possível ter conhecimento, ter certeza, sobre qualquer coisa e assim com isso se atinge um estado de indiferença. Se não penso que estudar é bom, farei de tudo para aprender. Se penso que é ruim, farei de tudo para não aprender. Mas se penso que não é possível saber se é bom ou ruim, então será indiferente para mim o estudo.

A alternativa correta é a letra A. Os céticos desenvolveram uma série de argumentos para mostrar que não é possível ter conhecimento. É verdade que os céticos desejavam a tranquilidade, mas não era porque queriam isso que negavam a possibilidade do conhecimento. A tranquilidade era a consequência se sua concepção sobre o conhecimento.

A única alternativa incorreta é a penúltima, que, embora seja um argumento cético, foi desenvolvido na idade moderna por Descartes, e não na antiguidade como diz o enunciado.

A alternativa incorreta é a letra D. Descartes pensa que, mesmo existindo um gênio maligno, é possível ter certeza da afirmação “penso, logo existo”. Podemos saber que existimos porque, se alguém é enganado, esse alguém precisa existir e somo nós. No entanto, tudo o mais é incerto, desde o mundo externo, com pessoas plantas, animais, até verdades matemáticas consideradas óbvias.

A alternativa correta é a letra B. O ceticismo foi duramente criticado pelo fato de ser contraditório. A afirmação “não é possível ter conhecimento” já é um conhecimento. Então se não podemos saber nada, não podemos saber que não podemos saber. O cético, portanto, cai em contradição ao defender sua filosofia.